quarta-feira, 10 de julho de 2019

Livro Tartarugas até lá Embaixo


Aluna que recomenda: Laura, 9° ano
Embora alguns amem e outros odeiem o John Green, eu fico no meio termo, tentando absorver os pontos importantes das suas histórias.
O Livro Tartarugas até lá Embaixo é mais uma obra que me emocionou com os dilemas da personagem Aza Holmes, que sofre de TOC, transtorno obsessivo compulsivo. Sua mente é como uma espiral que foge do seu controle e a sufoca nos momentos mais importantes para o crescimento da sua vida. Sua melhor amiga, Daisy, tenta ajudar, mesmo às vezes não entendendo completamente a situação. Com isso, o pai de Davis Pichett, um amigo não tão próximo assim, desaparece e existe uma recompensa para quem encontra-lo, e com isso em mente elas, Aza e Daisy, partem para desvendar isso. Mas os sentimentos de Holmes estão entrando nessa espiral infinita que esta afunilando a cada momento.
Quando comecei a ler, imaginei que fosse só mais um livro de romance adolescente, mas o quadro dele mudou completamente. Quando terminei a leitura, demorei um tempo para organizar meus sentimentos e sinto que ainda falta organizar muita coisa: foi do ódio ao amor. Esse foi o primeiro de muitos livros que pretendo ler sobre o TOC, então não posso garantir que seja o melhor, mas posso dizer que John Green retrata esse assunto com delicadeza e nos mostra a intensidade dos pensamentos tanto de Aza quanto de qualquer pessoa que tenha esse transtorno. A mudança na escrita ao final me fez querer acompanhar a vida da Holmes até o último suspiro, mas se hoje fosse anunciado que haveria uma continuação não tenho certeza se leria por que fiquei feliz como tudo acabou.
Não é o melhor livro que já li, mas é um livro que se tornou especial para mim por abrir as portas para assuntos mais pensativos que atualmente muito se vê falar, mas não se escuta de verdade. Nessa leitura não me preocupei muito com quem John Green é ou em suas outras obras, como Quem é você, Alasca? Mas em como ele queria transmitir o assunto e no que eu iria absorver.
Foi uma experiência nova e turbulenta.

Laura Armichi

Nenhum comentário:

Postar um comentário